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JUL15
Exames Para Fertilidade: Conheça os Principais  0

Exames Para Fertilidade: Conheça os Principais

Postado por Dra. Paula Vieira

Exames Para Fertilidade: Conheça os Principais

Exames Para Fertilidade: Quais São e Para Que Servem?

A dificuldade para engravidar pode ser um momento de grande ansiedade para muitos casais. Quando a gravidez natural não acontece, surge a dúvida: o que pode estar impedindo? A resposta está, muitas vezes, em uma investigação cuidadosa e detalhada, feita com base em exames específicos que avaliam a fertilidade de ambos os parceiros. 

A Dra. Paula Vieira, especialista em medicina reprodutiva com êxito comprovado em tratamentos de alta complexidade, destaca a importância de um atendimento acolhedor e da individualização de cada caso.

Por Que Realizar Exames de Fertilidade?

Estudos mostram que aproximadamente 15% dos casais em idade fértil apresentam dificuldades para engravidar. Os exames são o ponto de partida para compreendermos as causas da infertilidade e definirmos a melhor estratégia de tratamento. Eles ajudam a identificar questões hormonais, anatômicas, genéticas ou relacionadas ao estilo de vida que possam estar interferindo na concepção.

Exames de Fertilidade Feminina

A investigação sistemática da fertilidade feminina combina métodos de imagem, marcadores hormonais, técnicas radiológicas, testes imunológicos e genéticos. Cada exame oferece informações complementares, fundamentais para traçar um plano terapêutico individualizado e aumentar as chances de sucesso em tratamentos como a FIV.

Ultrassonografia Transvaginal

Realizada rotineiramente entre o 3º e o 5º dia do ciclo menstrual, a ultrassonografia transvaginal (USTV) fornece um panorama anatômico e funcional de útero e ovários. No útero, identifica miomas (tamanho e localização), malformações (bicorno, didelfo), pólipos e sinéquias. Nos ovários, detecta cistos, aspecto policístico e permite a contagem de folículos antrais (AFC) – importante preditor de resposta à estimulação, com valores < 7 indicando reserva ovariana reduzida . Em protocolos de monitoramento folicular, a USTV seriada acompanha o crescimento do folículo dominante até cerca de 18–20 mm, antecipando o momento da ovulação e orientando a coleta ou relações programadas .

Para avaliação de endometriose profunda, recomenda-se preparo intestinal prévio e exame por especialista, aumentando a sensibilidade na detecção de focos extra-ovarianos e comprometimento pélvico .

Dosagens Hormonais de Base

Coletadas preferencialmente no 3º–5º dia do ciclo, as dosagens de FSH, LH e estradiol avaliam o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano e servem como mensageiros da reserva e função ovariana. Valores de FSH > 10 UI/L sugerem risco de má resposta à estimulação, mas, isoladamente, têm sensibilidade limitada .

  • Prolactina: níveis elevados podem indicar prolactinoma ou síndrome dos ovários policísticos, causando anovulação.

  • TSH e T4 livre: disfunções tireoidianas (hipo ou hipertireoidismo) alteram o metabolismo estrogênico e ovulatório.

  • DHEA-S e Testosterona: em suspeita de hiperandrogenismo (SOP, tumores ovarianos/adrenais), auxiliam no diagnóstico diferencial.

Em conjunto, esses marcadores guiam não apenas a indicação de estímulos hormonais, mas também o manejo de comorbidades que podem comprometer a fertilidade.

Hormônio Anti-Mülleriano (AMH)

Produzido pelas células da granulosa de folículos pré-antrais, o AMH é atualmente o principal preditor quantitativo de reserva ovariana, podendo ser dosado em qualquer fase do ciclo. Níveis abaixo de 1,1 ng/mL associam-se a alto risco de má resposta, enquanto valores muito elevados (> 3,5 ng/mL) podem indicar risco de hiperestimulação ovariana .

O AMH apresenta baixa variabilidade intra e inter-ciclo e, em conjunto com AFC, permite estimar não apenas a quantidade de óvulos, mas também personalizar doses de gonadotrofinas, minimizando riscos e custos.

Histerossalpingografia (HSG)

Exame radiológico com contraste que avalia a morfologia da cavidade uterina e a permeabilidade tubária – essencial para identificar obstruções, sinéquias, septos ou estenoses que impeçam o encontro do óvulo com o espermatozoide. A interpretação deve ser feita por ginecologista experiente, pois até 20 % das HSG normais podem revelar alterações em videolaparoscopia posterior .

Em casos suspeitos de endometriose ou aderências profundas, complementa-se com histeroscopia diagnóstica e videolaparoscopia, garantindo exame e tratamento em um único ato quando indicado.

Exames Imunológicos e Infecciosos

Sorologias de Triagem

Para segurança materno-fetal e definição de protocolos de transferência, realiza-se pesquisa de HIV 1/2, sífilis, hepatites B/C, HTLV 1/2, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus e, em tempos recentes, Zika vírus IgM, todos datados de até seis meses .

Marcadores de Implantação e Perdas Gestacionais de Repetição

Apesar da controvérsia sobre seu impacto na fertilidade, exames como contagem de células NK (CD56) em biópsia de endométrio, pesquisa de plasmócitos (CD138) para endometrite crônica e perfil Th1/Th2 podem ser solicitados em casos de falhas de implantação ou perda gestacional precoce . Testes de trombofilias (lúpico, anticardiolipina, beta-2-glicoproteína, fator V de Leiden, MTHFR, mutação da protrombina, antitrombina III, proteína C/S) são indicados sobretudo em perda gestacional recorrente.

Exames Genéticos

Cariótipo de Casal

O cariótipo com bandeamento G em ambos os parceiros é fundamental para descartar inversões ou translocações balanceadas que, apesar de assintomáticas no portador, podem gerar embriões aneuploides e falhas de implantação .

Teste Genético Pré-Implantacional (PGT)

No contexto de FIV, o PGT-A (aneuploidias) ou PGT-M (monogênicas) permite a seleção de embriões cromossomicamente normais, reduzindo abortamentos e aumentando a taxa de nascidos vivos, especialmente em casais com histórico de perdas recorrentes ou risco genético conhecido .

Em conjunto, estes exames oferecem um mapa completo da saúde reprodutiva feminina, permitindo à Dra. Paula Vieira personalizar cada protocolo de forma empática, segura e tecnicamente embasada, sempre com o objetivo de maximizar as chances de gestação única e saudável.

Exames de Fertilidade Masculina

A avaliação da fertilidade masculina deve necessariamente começar pelo espermograma, mas engloba também investigação hormonal, infecções e genética. Cada etapa esclarece aspectos distintos da espermatogênese e da capacidade fecundativa, permitindo à Dra. Paula Vieira propor intervenções precisas e individualizadas.

Espermograma e Capacitação Seminal

O espermograma é o alicerce do diagnóstico masculino e deve ser repetido pelo menos três vezes, com intervalos de 15 dias, para minimizar variações transitórias . Avalia concentração (normal ≥ 15 M/ml), motilidade progressiva (≥ 32 %), motilidade total (≥ 40 %), vitalidade (≥ 58 %) e morfologia segundo critérios estritos de Kruger (≥ 4 %) . Alterações como astenospermia, teratospermia ou necrospermia apontam para causas que vão de infecções e varicocele a hábitos de vida e estresse oxidativo .

Quando o resultado está levemente abaixo do ideal, recorre-se ao processamento seminal (capacitação espermática), técnica que seleciona os espermatozoides de melhor motilidade. Se, após a capacitação, restam menos de 5 M/ml de espermatozoides móveis, considera-se diretamente a FIV/ICSI, evitando ciclos de inseminação intrauterina infrutíferos .

Perfil Hormonal

O perfil hormonal esclarece se o problema é pré-testicular (hipotálamo-hipófise), testicular ou pós-testicular. As dosagens de FSH, LH, testosterona total e livre, além de prolactina, androstenediona e DHEA-S, devem ser solicitadas sempre que o espermograma indicar concentração muito baixa ou motilidade reduzida. Níveis elevados de FSH, por exemplo, sugerem falência testicular, enquanto alterações de LH e testosterona podem indicar disfunções endócrinas ou uso de anabolizantes .

Cultura Seminal e Pesquisa de Infecções

A presença de leucócitos no sêmen (leucospermia) sinaliza possível processo infeccioso que compromete a qualidade espermática. A espermocultura identifica agentes comuns como Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Escherichia coli, Ureaplasma e Mycoplasma; confirmada a infecção, o tratamento antibiótico prévio ao procedimento reprodutivo é crucial para otimizar resultados . Em alguns casos, a ultrassonografia transretal ou de bolsa escrotal complementa a investigação de prostatite ou epididimite crônica .

Exames Genéticos

Quando o espermograma revela azoospermia ou oligospermia severa, é indicado o cariótipo com bandeamento G para descartar translocações balanceadas ou inversões cromossômicas . Adicionalmente, a pesquisa de microdeleções do cromossomo Y (regiões AZFa, b e c) por PCR detecta causas genéticas de produção espermática deficiente, presente em até 25% dos casos de azoospermia não obstrutiva . Homens com microdeleções devem receber aconselhamento genético antes de recorrer à Fetilização in Vitro (FIV), pois a alteração pode ser transmitida a filhos do sexo masculino.

Em casos de azoospermia obstrutiva, especialmente por agenesia de ductos deferentes (fibrose cística), recomenda-se a pesquisa de mutações no gene CFTR e investigação de mutação na parceira, além de planejar-se o uso de biópsia testicular concomitante à fertilização para recuperação de espermatozoides .

 

Quando começar a Investigar?

  • Mulheres com menos de 35 anos: após 1 ano de tentativas sem sucesso.

  • Entre 35 e 38 anos: após 6 meses.

  • Acima de 38 anos: investigação imediata.

Esses prazos podem ser encurtados em casos de histórico de doenças, ciclos menstruais irregulares, endometriose, abortos ou ansiedade significativa do casal.

A Importância da Interpretação Individualizada

Os resultados devem ser analisados em conjunto com o histórico clínico e emocional do casal. O papel do especialista é fundamental para indicar o caminho mais eficaz e acolhedor, seja ele o coito programado, a inseminação intrauterina (IIU) ou a fertilização in vitro (FIV).

Especialista em Fertilidade em São Paulo

Com formação de excelência e atuação como pioneira na medicina reprodutiva, a Dra. Paula Vieira é reconhecida por combinar altas taxas de sucesso com um cuidado humanizado. Em sua clínica, localizada em São Paulo - SP,  cada paciente é ouvido com atenção, respeito e empatia.

Conhecer os exames necessários para iniciar um tratamento de fertilidade é um passo essencial rumo ao sonho da maternidade. 

Agende sua avaliação com a Dra. Paula Vieira e receba um plano completo, preciso e acolhedor para realizar seu desejo de ter filhos.

IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Agende uma consulta para maiores informações.

Saúde Feminina

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