Postado por Dra. Paula Vieira
A dificuldade para engravidar pode ser um momento de grande ansiedade para muitos casais. Quando a gravidez natural não acontece, surge a dúvida: o que pode estar impedindo? A resposta está, muitas vezes, em uma investigação cuidadosa e detalhada, feita com base em exames específicos que avaliam a fertilidade de ambos os parceiros.
A Dra. Paula Vieira, especialista em medicina reprodutiva com êxito comprovado em tratamentos de alta complexidade, destaca a importância de um atendimento acolhedor e da individualização de cada caso.
Estudos mostram que aproximadamente 15% dos casais em idade fértil apresentam dificuldades para engravidar. Os exames são o ponto de partida para compreendermos as causas da infertilidade e definirmos a melhor estratégia de tratamento. Eles ajudam a identificar questões hormonais, anatômicas, genéticas ou relacionadas ao estilo de vida que possam estar interferindo na concepção.
A investigação sistemática da fertilidade feminina combina métodos de imagem, marcadores hormonais, técnicas radiológicas, testes imunológicos e genéticos. Cada exame oferece informações complementares, fundamentais para traçar um plano terapêutico individualizado e aumentar as chances de sucesso em tratamentos como a FIV.
Realizada rotineiramente entre o 3º e o 5º dia do ciclo menstrual, a ultrassonografia transvaginal (USTV) fornece um panorama anatômico e funcional de útero e ovários. No útero, identifica miomas (tamanho e localização), malformações (bicorno, didelfo), pólipos e sinéquias. Nos ovários, detecta cistos, aspecto policístico e permite a contagem de folículos antrais (AFC) – importante preditor de resposta à estimulação, com valores < 7 indicando reserva ovariana reduzida . Em protocolos de monitoramento folicular, a USTV seriada acompanha o crescimento do folículo dominante até cerca de 18–20 mm, antecipando o momento da ovulação e orientando a coleta ou relações programadas .
Para avaliação de endometriose profunda, recomenda-se preparo intestinal prévio e exame por especialista, aumentando a sensibilidade na detecção de focos extra-ovarianos e comprometimento pélvico .
Coletadas preferencialmente no 3º–5º dia do ciclo, as dosagens de FSH, LH e estradiol avaliam o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano e servem como mensageiros da reserva e função ovariana. Valores de FSH > 10 UI/L sugerem risco de má resposta à estimulação, mas, isoladamente, têm sensibilidade limitada .
Prolactina: níveis elevados podem indicar prolactinoma ou síndrome dos ovários policísticos, causando anovulação.
TSH e T4 livre: disfunções tireoidianas (hipo ou hipertireoidismo) alteram o metabolismo estrogênico e ovulatório.
DHEA-S e Testosterona: em suspeita de hiperandrogenismo (SOP, tumores ovarianos/adrenais), auxiliam no diagnóstico diferencial.
Em conjunto, esses marcadores guiam não apenas a indicação de estímulos hormonais, mas também o manejo de comorbidades que podem comprometer a fertilidade.
Produzido pelas células da granulosa de folículos pré-antrais, o AMH é atualmente o principal preditor quantitativo de reserva ovariana, podendo ser dosado em qualquer fase do ciclo. Níveis abaixo de 1,1 ng/mL associam-se a alto risco de má resposta, enquanto valores muito elevados (> 3,5 ng/mL) podem indicar risco de hiperestimulação ovariana .
O AMH apresenta baixa variabilidade intra e inter-ciclo e, em conjunto com AFC, permite estimar não apenas a quantidade de óvulos, mas também personalizar doses de gonadotrofinas, minimizando riscos e custos.
Exame radiológico com contraste que avalia a morfologia da cavidade uterina e a permeabilidade tubária – essencial para identificar obstruções, sinéquias, septos ou estenoses que impeçam o encontro do óvulo com o espermatozoide. A interpretação deve ser feita por ginecologista experiente, pois até 20 % das HSG normais podem revelar alterações em videolaparoscopia posterior .
Em casos suspeitos de endometriose ou aderências profundas, complementa-se com histeroscopia diagnóstica e videolaparoscopia, garantindo exame e tratamento em um único ato quando indicado.
Para segurança materno-fetal e definição de protocolos de transferência, realiza-se pesquisa de HIV 1/2, sífilis, hepatites B/C, HTLV 1/2, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus e, em tempos recentes, Zika vírus IgM, todos datados de até seis meses .
Apesar da controvérsia sobre seu impacto na fertilidade, exames como contagem de células NK (CD56) em biópsia de endométrio, pesquisa de plasmócitos (CD138) para endometrite crônica e perfil Th1/Th2 podem ser solicitados em casos de falhas de implantação ou perda gestacional precoce . Testes de trombofilias (lúpico, anticardiolipina, beta-2-glicoproteína, fator V de Leiden, MTHFR, mutação da protrombina, antitrombina III, proteína C/S) são indicados sobretudo em perda gestacional recorrente.
O cariótipo com bandeamento G em ambos os parceiros é fundamental para descartar inversões ou translocações balanceadas que, apesar de assintomáticas no portador, podem gerar embriões aneuploides e falhas de implantação .
No contexto de FIV, o PGT-A (aneuploidias) ou PGT-M (monogênicas) permite a seleção de embriões cromossomicamente normais, reduzindo abortamentos e aumentando a taxa de nascidos vivos, especialmente em casais com histórico de perdas recorrentes ou risco genético conhecido .
Em conjunto, estes exames oferecem um mapa completo da saúde reprodutiva feminina, permitindo à Dra. Paula Vieira personalizar cada protocolo de forma empática, segura e tecnicamente embasada, sempre com o objetivo de maximizar as chances de gestação única e saudável.
A avaliação da fertilidade masculina deve necessariamente começar pelo espermograma, mas engloba também investigação hormonal, infecções e genética. Cada etapa esclarece aspectos distintos da espermatogênese e da capacidade fecundativa, permitindo à Dra. Paula Vieira propor intervenções precisas e individualizadas.
O espermograma é o alicerce do diagnóstico masculino e deve ser repetido pelo menos três vezes, com intervalos de 15 dias, para minimizar variações transitórias . Avalia concentração (normal ≥ 15 M/ml), motilidade progressiva (≥ 32 %), motilidade total (≥ 40 %), vitalidade (≥ 58 %) e morfologia segundo critérios estritos de Kruger (≥ 4 %) . Alterações como astenospermia, teratospermia ou necrospermia apontam para causas que vão de infecções e varicocele a hábitos de vida e estresse oxidativo .
Quando o resultado está levemente abaixo do ideal, recorre-se ao processamento seminal (capacitação espermática), técnica que seleciona os espermatozoides de melhor motilidade. Se, após a capacitação, restam menos de 5 M/ml de espermatozoides móveis, considera-se diretamente a FIV/ICSI, evitando ciclos de inseminação intrauterina infrutíferos .
O perfil hormonal esclarece se o problema é pré-testicular (hipotálamo-hipófise), testicular ou pós-testicular. As dosagens de FSH, LH, testosterona total e livre, além de prolactina, androstenediona e DHEA-S, devem ser solicitadas sempre que o espermograma indicar concentração muito baixa ou motilidade reduzida. Níveis elevados de FSH, por exemplo, sugerem falência testicular, enquanto alterações de LH e testosterona podem indicar disfunções endócrinas ou uso de anabolizantes .
A presença de leucócitos no sêmen (leucospermia) sinaliza possível processo infeccioso que compromete a qualidade espermática. A espermocultura identifica agentes comuns como Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Escherichia coli, Ureaplasma e Mycoplasma; confirmada a infecção, o tratamento antibiótico prévio ao procedimento reprodutivo é crucial para otimizar resultados . Em alguns casos, a ultrassonografia transretal ou de bolsa escrotal complementa a investigação de prostatite ou epididimite crônica .
Quando o espermograma revela azoospermia ou oligospermia severa, é indicado o cariótipo com bandeamento G para descartar translocações balanceadas ou inversões cromossômicas . Adicionalmente, a pesquisa de microdeleções do cromossomo Y (regiões AZFa, b e c) por PCR detecta causas genéticas de produção espermática deficiente, presente em até 25% dos casos de azoospermia não obstrutiva . Homens com microdeleções devem receber aconselhamento genético antes de recorrer à Fetilização in Vitro (FIV), pois a alteração pode ser transmitida a filhos do sexo masculino.
Em casos de azoospermia obstrutiva, especialmente por agenesia de ductos deferentes (fibrose cística), recomenda-se a pesquisa de mutações no gene CFTR e investigação de mutação na parceira, além de planejar-se o uso de biópsia testicular concomitante à fertilização para recuperação de espermatozoides .
Mulheres com menos de 35 anos: após 1 ano de tentativas sem sucesso.
Entre 35 e 38 anos: após 6 meses.
Acima de 38 anos: investigação imediata.
Esses prazos podem ser encurtados em casos de histórico de doenças, ciclos menstruais irregulares, endometriose, abortos ou ansiedade significativa do casal.
Os resultados devem ser analisados em conjunto com o histórico clínico e emocional do casal. O papel do especialista é fundamental para indicar o caminho mais eficaz e acolhedor, seja ele o coito programado, a inseminação intrauterina (IIU) ou a fertilização in vitro (FIV).
Com formação de excelência e atuação como pioneira na medicina reprodutiva, a Dra. Paula Vieira é reconhecida por combinar altas taxas de sucesso com um cuidado humanizado. Em sua clínica, localizada em São Paulo - SP, cada paciente é ouvido com atenção, respeito e empatia.
Conhecer os exames necessários para iniciar um tratamento de fertilidade é um passo essencial rumo ao sonho da maternidade.
Agende sua avaliação com a Dra. Paula Vieira e receba um plano completo, preciso e acolhedor para realizar seu desejo de ter filhos.
IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Agende uma consulta para maiores informações.
DRA. PAULA VIEIRA
Dra. Paula Vieira é uma ginecologista especialista em fertilidade que valoriza confiança e informação. Sua abordagem leve e acolhedora transforma consultas em ambientes agradáveis.
CRM 129376-SP - RQE 69318
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